Sexta pela manhã parti pra SP rumo ao show do U2. O show era só domingo, mas eu queria, precisava, matar um pouquinho da saudade da minha cidade preferida. É engraçado visitar Sampa quase 2 anos depois. 2 anos depois de eu sentir que morava mais lá do que aqui. A cidade continua a mesma. As avenidas ainda são as mesmas. As baladas ainda são as mesmas. Mas algumas coisas mudaram. Pra começar, deixei só os paulistanos queridos no coração. Foram esses que encontrei, ou pelo menos quase todos. Naquela época eu já o conhecia, a gente já combinava de sair, mas eu estava sozinha, livre. Não, ele não me sufoca, mas naquela época, no auge dos meus 20 anos, ir pra Sampa como eu ia, me fazia sentir um mix de liberdade, felicidade e independência que nunca havia sentido.

Dessa vez não senti. Acho que de lá pra cá a independência permaneceu um pouco dentro de mim, eu me acostumei a ser aquela Bia, a quase não ser tímida, a ter vinte e poucos anos. Sexta-feira nós passeamos pela cidade, fomos ao shopping em busca das lojas que eu tanto queria que tivessem por aqui.  Pela noite fomos em um bar no Itam com alguns paulistanos queridos e agregados. Eu gosto de agregados. Deixam o ambiente mais descontraído. Teve o Gui – arrobinha que acabei conhecendo uma semana antes em Brasília, teve meu orgulhinho paulistano – a Mel, teve a Dani – minha irmã paulistana, teve muita risada, cerveja e semi stand-up feito por estranhos hilários na porta do banheiro.
Sábado teve tarde gostosa com a família. Pela noite teve reunião na casa da Dani. Ver a família paulistana, ver a Liy, conhecer a pessoa que percebo de longe que a faz bem e tomar algumas juruwhats, for old times sake. Depois teve jantar gostoso esperando pela balada. A mesma balada da última vez, que serviu pra me mostrar que o tempo passou.
Domingo foi dia de descançar, encontrar a família, rir, e correr pro show.

Ah, o show. Chegando no Morumbi, me assustei um pouco. Tudo tão grande, tanta gente, e eu, com meus 1,70m, me senti pequena. Resolvi não ir cedo pra lá. Queria aproveitar a cidade. Queria curtir minha família. Sem contar que só as quase 3 horas em pé no Morumbi me renderam dor no joelho (veeeelha mesmo). E como to em alerta com meu rim, precisava ir ao banheiro quando desse vontade antes do show, o que não seria possível se tivesse ficado no inner circle mais perto. Fiquei um pouco mais longe do que no Aerosmith, no entanto a frustração foi menor. Menor porquê eu já sabia que não ia ficar tão pertinho do Bono como no The Killers. Menor porquê eu não estava morrendo de frio, apesar da chuva antes do U2 entrar. Menor porquê não paguei nem 100 reais. Menor porquê eu tava com minha família me divertindo. E me diverti, muito. Nas músicas preferidas o namorado me levantava. Eu pulava. Eu gritava. Quando tocou “Walk On” eu segurei e não chorei, ó. Mas quando toco “One” eu não me aguentei e deixei 2 lágrimas caírem, escondidinho, sem ninguém ver. Só Deus sabe o que essas músicas significam pra mim. E no final ainda teve “With or without you”. Momento ooun, pra fechar o melhor show da minha vida, o que eu esperei 10 anos pra ir e mal posso esperar pra ir de novo. :)

Foto tirada pelo cel do namorado (qualidade ruiiim hehe) esperando o show começar!fotoblog

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