Arquivo de setembro/2015

Caio, Woody, cinema e eu.

cinema-rolo-de-filme-ii1

 

Disse que só ia voltar quando as provas acabassem, mas não deu. To com dor, sem conseguir estudar e resolvi ler um blog com textos do Caio F. O primeiro texto (ou melhor, último) era do Caio falando sobre um dos meus filmes preferidos do Woody Allen, “A rosa púrpura de Cairo”. Um amor da minha vida falando sobre outro, could it be any more perfect?

Desde pequena amo cinema. Desde pequena uso o cinema como ilusão, assim como muita gente. Na maioria dos filmes que via por VHS, o meio do filme era sempre onde todo o drama acontecia. E aí a criança ansiosa que existia e ainda existe, dentro de mim simplesmente apertava o botão “ff” até a parte onde tudo ficava lindo e tranquilo e todo mundo era feliz para sempre. Com o tempo, fui parando com essa mania, mas o meio do filme, o drama, normalmente era algo que eu me identificava ou tinha medo de um dia me acontecer. Passava o  filme buscando a ilusão, aquilo que eu queria que me acontecesse.

Hoje gosto de me identificar. Gosto de ver que alguém, mesmo que irreal, já tenha passado pelas mesmas dores e alegrias que eu,  mas preciso de uma certa ilusão, preciso que tudo dê certo para aquela personagem que oi, sou eu.

 

“Qualquer pessoa viciada em cinema (como Cecilia e eu) sabe desse pequeno segredo, tão profundo quanto inconfessável: vai-se ao cinema para viver o que a vida não dá. ” Caio F.

Esse texto e outros do Caio você encontra aqui: http://caiofcaio1.blogspot.com/

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

2011 vem ni mim!

Hoje eu vim aqui reclamar. cêjura? Você só faz isso. Mas o blog é meu, reclamo quando quiser, e depois da minha conversa de hoje com a Lola senti que precisava escrever aqui.

2010 é pra mim o 2009/10 da Lola. 2010 é meu 2012. Entende? Não? Então deixa eu explicar, não explicando:

Em 2009 já aconteceram algumas coisas ruins, mas eu ia dando um “jeitinho”, e tentando esquecer tudo. São Paulo era minha válvula de escape. Acontecia uma merda na vida? Oi, São Paulo. Tchau, Brasília. Começo de 2010 comecei a namorar, São Paulo deixou de ser tão necessário, apesar das pessoas de lá serem mais que isso e insubstituíveis pra mim.

Em 2010 reprovei em matérias que não podia reprovar. Porque às vezes, professores são filhos da puta. É. Às vezes, eles não vão com a sua cara e deixam bem claro que vão te reprovar. E outras vezes, a matéria simplesmente não entra na sua cabeça. Ou até entra, mas você não entende o tipo de prova de determinado professor. Aliás, acho um absurdo julgar o conhecimento de alguém por 2 provas no semestre.

Em 2010 minha família teve/tem problemas como nunca teve.

Em 2010, fiquei doente como nunca fiquei. Segundo o médico por conta de estresse.

Em 2010, me vi obrigada a me distanciar dos meus amigos. Aqueles que eu amo, que via todo fim de semana. E não, não foi por causa de namoro, e sim de problemas pessoais.

Em 2010, no segundo semestre, resolvi pegar matérias extras pra compensar as reprovações, e logo aí, os problemas pessoais aumentaram, therefore, a falta de tempo,  já tenho medo de reprovar de novo.

Em 2010, minha mãe disse sentir orgulho de mim pela primeira vez. Por ser madura, e conseguir lidar com tudo que tava/tá acontecendo tão bem. Ela deveria sentir orgulho de mim na verdade por ser uma boa atriz.

Em 2010 eu deixei de acreditar que as coisas são eternas, passei a ter medo de me apegar a tudo e a todos.

Em 2010 eu cresci o que deveria ter crescido em pelo menos 2 anos. E sinto falta da imaturidade. De poder ser um pouco imatura.

Em 2010 eu tive momentos felizes. Momentos, quase todos proporcionados por ele.

Em setembro de 2010 eu só quero 2008/2009, mas como não dá, 2011. Pelo menos meu aniversário tá chegando, espero que com ele passe o inferno astral, e um ano novo se inicie pra mim.

Com direito à muita imaturidade, regada à álcool e futebol de sabão, por favor.

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

Hoje eu queria

6530-000077

Ficar de pijama o dia inteiro comendo um pote de nutella assistindo filmes da Audrey Hepburn, ou aqueles da mental list que ainda não vi e não posso morrer sem ver.

Tá tudo tão corrido, e a semana de provas logo ali..

 

PS: acho essas meias de dedinhos fofas. Adoro usar meia em casa, mas me incomoda e muito a falta de liberdade que elas proporcionam aos meus dedinhos, poxa. E são tão fofas.

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

Animal planet

“You and me baby ain’t nothin’ but mammals, so let’s do it like they do on the Discovery Channel”.  Bloodhound Gang – The Bad Touch lyrics

peacock-feathers-1

Ontem na comemoração do aniversário da Erika, parei pra refletir sobre os homens. Parei porque fui obrigada a notar a presença. Homens exigem ser notados. Éramos várias meninas, então “chamamos atenção”.

Enquanto passava o jogo, eles assistiam, e nós também. Afinal, nem que seja pra sofrer, queria ver meu Flamengo jogar. Eles assistiam o jogo, e a gente. Faziam questão de fazer comentários no maior volume possível. Comentavam sobre nós no maior volume possível. Comentavam sobre outras mulheres que já ficaram no maior volume possível. Sobre o jogo então..e davam aquela olhadinha pra nossa mesa pra ver se estávamos prestando atenção neles.

Não vivenciava isso há um bom tempo, por estar namorando e não sair sem ele. Quase esqueci como os homens me desapontam. Quase esqueci que quando solteira me sentia numa selva. Homens agem como animais, e sempre me senti mal por isso. Em festas, baladas e afins, me sentia assistindo animal planet, e ficava nisso, eu só assistia, não participava. Pra falar a verdade, sempre tive dificuldade em entender como a maioria das mulheres aceitava viver nisso, e ficar com caras assim nas baladas.

Instinto animal eu tenho, você tem, minhas amigas tem. Mas a gente também tem cérebro, que costuma conduzir tudo bonitinho. A maioria desses homens escolhe, for some reason, não usar o deles e deixar o instinto animal tomar conta. Why God, why?

Se você curtiu a menina, por que não simplesmente levantar, ir até a mesa dela e pedir pra conversar um pouco? Mulheres querem um homem, não um pavão exibindo as penas.

Sim, sei que mulheres também sabem agir assim. Mas elas são minoria. Vocês, machinhos do animal planet, são maioria entre os homens.

PS: Queria falar da amizade entre homem x homem e da amizade de homem x mulher ainda, mas vou falar demais, melhor deixar pra outros posts.

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

Vínculos inexistentes

Hoje um menino que um dia foi namoradinho de uma amiga no 1 ano do ensino médio me adicionou no Facebook. Esse mesmo menino foi afim de mim. Esse mesmo menino, se tornou meu amigo. Esse mesmo menino me chamou de lésbica por não ter ficado com ele, nem com o amigo dele que ficou afim de mim depois. E foi ali que eu excluí esse menino da minha vida. E foi agora, 6 anos depois, que ele achou que tudo bem me adicionar no Facebook.

Esse mesmo menino me fez pensar.

Quantas pessoas, das pelo menos 100 que você tem como “amigo” no Orkut/Facebook você realmente conhece? Dessas que você realmente conhece, quantas você mantem contato? Dessas, quantas você realmente considera como amigo?

Das 287 pessoas do meu Orkut, devo realmente me importar com no máximo 40. E aí me pergunto: pra que? Pra que ter um perfil online onde as pessoas adicionam conhecidos e semiconhecidos? Pra lembrar “ah, estudei com fulano”? Você conversa com fulano? É bem provável que você nem fale com o fulano se cruzar na rua. O passado foi bom. A amizade que tive com o menino, mesmo não tendo sido totalmente verdadeira por parte dele, foi boa. Mas o que ficou no passado, ficou.

 As pessoas tentam manter vínculos inexistentes, e eu não entendo o sentido disso.

 

E sim, penso todo dia em apagar meu Orkut. Só não apaguei por ter me apegado as comunidades e por ser por ali que baixo meus seriados tão queridos.

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

borbo

Hoje eu não queria falar sobre mim, sobre nada. Hoje não queria falar. To passando por umas coisas ruinzinhas, deve bem ser o maior inferno astral da minha vida. Sim, eu acredito nessas coisas. Mas daí vi que é dia dos blogueiros e li o post da @rebiscoito no blog http://rebiscoito.wordpress.com e tive que postar. Sobre o mesmo assunto, sim.

Nunca assisti Annie Hall, apesar de ter comprado o dvd ano passado, nunca me atraiu muito. Vendo o vídeo da @rebiscoito percebi que preciso ver. O Woody Allen é assim. Você olha e não dá nada, mas sempre me surpreende dizendo exatamente o que sempre sinto. Sábado liguei a TV e tava começando Manhattan. O filme que nunca consegui ver, e sempre quis dele. Não pude ver muito, mas em menos de 10 minutos de filme o Woody Allen diz “Talent is luck. The important thing in life is courage.” E pronto, he wins me once again. PRECISO desse filme.

Voltando ao post da @rebiscoito e Annie Hall. Sempre achei graça das histórias dela, do nervosismo, de odiar o frio na barriga. Sempre fui assim. Bem por isso nunca saí com muita gente. Quando tive meu primeiro namoradinho  aos 13 anos, minha mãe disse “filha, é bom sentir isso né? Borboletas no estômago e tal?” Eu “não mãe, odeio sentir isso. Sinto dor de barriga e vontade de vomitar.” Ela riu, mas é assim até hoje.

Lembro bem de um dos caras que mais me deixou assim. O meu problema é que não são muitas pessoas que me fazem sentir isso, mas quando sinto, é demais. Demais mesmo. Saí com um cara que conheci pela internet uma vez, e a gente se deu tão bem, mas tão bem, que eu tinha certeza que pessoalmente ia ser diferente, mas alguma coisa me fazia perder o sono, o apetite, e tremer as mãos, muito. Eu tremo as mãos quando fico nervosa, not cool. Fomos almoçar. Eu não consigo comer quando não conheço a pessoa direito. Não consigo. Ele almoçou, eu inventei que já tinha almoçado e tomei uma água. Eu sei, foi ridículo, ele deve ter achado estranho, mas não se deve comer em primeiros encontros! Nem nos segundos, terceiros.. Nem lembro depois de quantos encontros me senti a vontade pra comer com meu namorado também..não, ele não é o cara do almoço.

Com o tempo e a convivência, o nervosismo diminui. Pra falar a verdade agora gosto de sentir isso com meu namorado. Gosto e não gosto. Entende?

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.