o presente

O thriller conta a história de Simon (Jason Bateman – tão ótimo nesse filme!) e Robyn (Rebecca Hall), que acabaram de se mudar de Chicago para Los Angeles na tentativa de construirem uma família juntos, quando Simon reencontra Gordon (Joel Edgerton), um colega dos tempos de escola, fazendo com que o passado entre os dois force sua entrada na vida do casal, nem sempre trazendo as melhores das consequências.

O título do filme se deve ao estranho hábito desenvolvido por Gordon em deixar presentes sem avisar após a primeira vez que se encontram, causando reações divergentes em Robyn e Simon: o que uma considera gentileza, mas socialmente inadequado, o outro considera uma invasão de privacidade e indicação de perigo. Ao longo da trama vamos descobrindo qual dos dois têm mais razão.

A estreia de Joel Edgerton como diretor tem sido muito bem avaliada pela crítica americana (vide os 93% de aprovação do filme no Rotten Tomatoes), afinal Edgerton – que também é o roteirista – constrói seus personagens de tal forma que conseguimos sentir empatia por todos eles em algum ponto, além de criar ótimos momentos de tensão, culminando em um clímax muito bem sucedido em interligar todas as pontas soltas jogadas ao longo da história.

Não considero o filme de todo perfeito, pois acredito que a história pessoal de Robyn tenha sido um pouco ofuscada, apesar de a personagem ser a catalisadora de toda a trama. Talvez isso tenha ocorrido por toda a importância do enredo entre os ex-colegas, mas seria interessante entender melhor o que houve em Chicago e vislumbrar mais da sua relação com Simon antes da chegada de Gordon.

Após o sucesso de Garota Exemplar ano passado, estava sentindo falta de um bom suspense em 2015, e então ele resolveu aparecer como um presente de final de ano para quem gosta do gênero e daquela sensação incômoda que perdura durante esse tipo de filme, de querer desvendar todas as coisas que não foram ditas e descobrir que nem tudo é tão óbvio quanto parece ser, quando a tensão inicial se transforma em surpresa, em choque e em dúvida. Ahhh suspense… :D

O filme estreia hoje nos cinemas brasileiros. Vão lá conferir! ;)

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

IMG_6088

Nessa semana a criança interior que existe em todos nós pulou de alegria com o trailer de “Procurando Dory”, continuação de “Procurando Nemo” que estreia em 2016, desta vez focada na personagem secundária que roubou a cena no primeiro filme. Pensando nisso resolvi listar outros personagens de animação que conseguiram o mesmo feito, alguns até ganhando seu próprio filme como a Dory.

Minions

Minions – Meu malvado favorito

Essas criaturas amarelas que gostam de banana chamam a atenção desde o primeiro momento em que aparecem no filme, e causam aquele fenômeno em que ou você imediatamente os adora, ou os odeia. Falam uma língua inventada, mas universal, já que seu apelo é principalmente o humor físico. Não é a toa que ganharam um filme próprio, que foi sucesso de bilheterias, para tristeza do time que já não aguenta mais ouvir falar dos Minions, pois deve vir muito mais por aí.

scrat

Scrat – A Era do Gelo

O maior admirador de nozes do mundo foi o primeiro personagem que conhecemos, sendo inclusive o grande causador da rachadura que começou toda a trama da série: uma grande odisseia pela sobrevivência das espécies diante das mudanças que ocasionaram o fim da era do gelo. O interessante é que Scrat tem sempre uma história paralela, mas relacionada aos demais, e assim como os Minions seu foco é o humor físico e situacional, pois não fala como os outros animais do filme.

Rafiki

Rafiki – O Rei Leão

Também é um personagem secundário que conhecemos logo na primeira cena, sendo uma das mais icônicas do filme, em que Rafiki levanta o pequeno Simba para apresentá-lo aos seus súditos. Ele se mantém afastado da trama principal na maior parte do tempo, e parece ser meio louco, mas sua aparente falta de noção é só um artifício para ensinar lições importantes ao Simba, inclusive o convencendo a voltar e salvar seu reino do Scar.

Pinguins de Madagascar

Os pinguins de Madagascar – Madagascar

“Apenas sorria e acene” é o lema desse grupo de pinguins para saírem das situações mais complicadas em que se metem. Foram os responsáveis tanto pela ideia de fugir do zoológico, o que acabou levando os personagens a Madagascar, quanto pelo resgate deles no final, ou seja, são ótimos em arranjar problemas, mas não medem esforços (e criatividade) para acharem uma solução. Com isso roubaram a atenção o suficiente para conseguirem um filme próprio.

sebastiao

Sebastião – A Pequena Sereia

O maestro e ajudante do rei Tritão, que passa o filme inteiro tentando colocar juízo na cabeça ruiva de Ariel, ganha a simpatia do público desde o começo, pois acaba caindo nas situações mais desagradáveis (e perigosas – vide o chef francês – oui) apenas para tentar proteger e orientar a sereia curiosa pelo mundo terrestre. O caranguejo possui várias cenas memoráveis durante o filme, mas se destaca pelos números musicais como “Beije a moça” e principalmente “Aqui no mar”, em que ressalta a importância de valorizar o lugar de onde viemos.

Esses são apenas alguns dos personagens secundários de animação que roubam a cena quando aparecem, a ponto de se tornarem protagonistas das suas próprias histórias diante da aceitação do público. Mas ainda existem muitos outros por aí, quais deles vocês gostariam que tivessem um filme próprio como a Dory, ou que já tiveram um filme, mas decepcionaram? Comentem aí :)

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.

IMG_5744

Depois de assistir “Um senhor estagiário”, típico exemplar dos “Filmes para se sentir bem”, fiquei pensando na importância desse gênero para o cinema, pois são filmes que têm a habilidade de nos fazer acreditar, se inspirar e viver indiretamente através de suas histórias e personagens, e que possuem o inexplicável poder de mudar o nosso humor, nos fazendo sorrir até nos dias mais tristes, mesmo que seja a trilionésima vez que vemos o mesmo filme (tipo Sessão da Tarde dos anos 90 – saudade!).

Inspirada por esse gênero tão bem vindo, resolvi fazer uma lista com filmes, além do já citado, que possuem em comum o fato de deixarem essa sensação maravilhosa de felicidade quando terminam, mesmo que misturada com seus dramas ou piadas, mas sempre algo com que podemos nos relacionar:

Um sonho de liberdade

Um sonho de liberdade (1994)

O filme conta a história de dois detentos da Penitenciária de Shawshank: o novato Andy Dufresne (Tim Robbins) e o veterano Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), e a maneira como eles encaram a vida dentro da prisão, principalmente diante de toda a corrupção que ocorre no local em que foram obrigados a viver. Juntos aprendem um com o outro e conseguem evoluir mesmo em um ambiente tão hostil, lutando contra as injustiças do sistema carcerário. É acima de tudo uma história de esperança e amizade, como esta pode surgir entre as pessoas mais distintas entre si, independente das circunstâncias.

 

curtindo a vida ferris

Curtindo a vida adoidado (1986)

O clássico de John Hughes conta a história desse adolescente eternizado por Matthew Broderick, que inventa estar doente para matar um dia de aula e aproveitá-lo ao máximo com sua namorada, seu melhor amigo e a Ferrari do pai dele. Juntos acabam nas situações mais hilárias, ao mesmo tempo em que sua irmã e o diretor do colégio tentam desmascará-lo, levando todos a torcerem para que ele consiga escapar dessa. Ferris Bueller somos todos nós, ou quem gostaríamos de ser em algum momento na juventude, principalmente pela mensagem de que “a vida é curta, devemos aproveitar enquanto podemos”, talvez por isso seja um filme tão fácil de ser revisto várias vezes, justamente para nos lembrar disso.

quero ser grande

Quero ser grande (1988)

É o filme que representa todas as crianças que já se iludiram em pensar que a vida adulta seria mais legal, pois mostra as consequências do pedido de Josh (David Moscow) a uma Máquina de Desejos para se tornar grande, fazendo com que, do dia para a noite, se transforme em um adulto (Tom Hanks – o rei dos filmes para se sentir bem), arrume o trabalho dos sonhos de uma criança numa loja de brinquedos, e comece a viver inconsequentemente, até acabar assumindo mais responsabilidades do que gostaria. A melhor coisa do filme é a inocência com que o até então menino Josh encara a vida adulta e tudo que ele conquista e perde com isso, algo com o qual conseguimos nos identificar em qualquer idade.

simplesmente amor

Simplesmente Amor (2003)

Meu filme favorito de Natal é um romance composto pelas histórias de vários personagens que acabam se interligando em algum momento, possuindo em comum não só o período natalino, mas a sutileza com que o amor é abordado em cada um delas, mostrando as barreiras que ele tem capacidade de superar: a timidez do primeiro amor; a diferença de línguas faladas; o preconceito pelo status social; o surgimento de uma terceira pessoa; o receio de magoar um amigo; os problemas familiares; a mudança na relação profissional; a distância geográfica; e o egocentrismo de uma das partes. Interessante que o filme é estrelado por atores que se tornaram mais famosos por outras produções, mas que sempre serão lembrados por construirem esse filme tão gostoso de se ver várias e várias vezes.

Esses são alguns dos filmes que fazem eu me sentir bem. Quais são os seus? Falem aí nos comentários ;)

Compartilhe no Facebook

Post escrito por

Bia Martins. Dicas e resenhas de beleza, moda, gastronomia filmes, séries, viagens e música.