No post de hoje quero apresentar a vocês a Rayanna, nova colaboradora do blog! A Rayanna é minha cunhada e tem gostos parecidos com os meus, especialmente para livros, filmes e seriados. Além disso sei que escreve super bem, por isso a convidei para escrever aqui de vez em quando. Tenho certeza que vão gostar dos posts dela também!

 

 

A primeira vez que ouvi falar do “Pequenas Grandes Mentiras” foi após ler uma notícia que a Reese Witherspoon e a Nicole Kidman estariam adaptando o livro para uma série de TV, então resolvi acreditar no bom gosto delas e da HBO e comecei a ler. Acabei descobrindo que a Liane Moriarty é o fermento que faltou em Desperate Housewives. Ela consegue criar tramas e situações entre mulheres bem diferentes entre si, mas sempre tomando cuidado em desenvolver cada personagem, revelando o carisma contagiante até da mais tímida delas.

O livro gira em torno das mães (e alguns pais) dos alunos da Escola Pública de Pirriwee, cidade praiana na Austrália, e todas as convenções sociais que devem ser respeitadas no status quo estabelecido pelas mães “Louras de Corte Chanel”. Com a chegada de uma nova mãe e seu filho, surgem atritos na antes estável hierarquia escolar, levando ao fatídico dia do Concurso de Perguntas, festa beneficente da escola em que pais e mães vestidos de Elvis e Audreys Hepburns deveriam testar seus conhecimentos e fazer doações, mas acabam se distraindo com outras questões, como um assassinato, por exemplo.

A história se divide em 3 POVs (points of view/pontos de vista): da Madeline Martha Mackenzie, a primeira a ser apresentada, mãe da Abigail, do Fred e da Chloe, uma mulher vaidosa, dramática, que não foge de uma briga (na verdade até procura, às vezes), muito leal nas suas amizades, mas que também pode se deixar levar pelo seu egocentrismo e não perceber quando uma amiga precisa de ajuda; da Jane Chapman, que conhecemos logo em seguida, mãe do Ziggy, sem querer acaba se desentendendo com as “Louras de Corte Chanel”, sendo uma mãe de primeira viagem tímida e jovem, muito pouco vaidosa, com pouca autoestima, mas que se preocupa muito com o filho e a pessoa que ele pode vir a se tornar. E por último temos Celeste White, mãe dos gêmeos Josh e Max, é uma mulher linda, sensível, inteligente, casada com Perry, um homem rico e bem sucedido, e que para quem olha de fora deveria ter a vida perfeita, aquela dos comerciais de margarina, mas ao longo da história vamos descobrindo que não é bem assim.

O livro tem uma leitura dinâmica e fácil, não havendo muita confusão entre os POVs, pois cada protagonista é única e completamente diferente das outras, além de ser muito interessante a maneira como a autora interliga as histórias dos personagens gerando um clímax tão complexo. Ela é incisiva na questão das aparências que assumimos em público, como fazemos de tudo para não deixar que os outros percebam o que realmente acontece no nosso intimo, e ainda mostra como são democráticos os problemas da vida, podendo atingir da pessoa mais pobre e não instruída até a mais rica, mais linda e mais letrada, ou seja, podem acontecer em qualquer família.

Recomendo muito a leitura antes da série de TV começar. Espero que gostem! :)

Fonte.

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