No início do mês procurando nos livros do meu pai algo pra passar o tempo achei o livro “Projeto Felicidade”, da Gretchen Rubin. O livro me atraiu pela capa (como quase sempre acontece) e pelo nome, além de ter ficado em primeiro lugar na lista do New York Times.
A capa e o nome do livro me trouxeram uma sensação de leveza, e era isso o que esperava sentir ao ler o livro. O livro, bem traduzido pela Patrícia Azevedo, foi publicado pela editora Best Seller em 2009.
O sumário é dividido em meses e no que a autora pretendia trabalhar em cada mês para atingir sua felicidade.
Ex – Janeiro: Disposição para começar
Vitalidade
Dentro dos capítulos a vitalidade é dividida em resoluções para o mês:
– Dormir mais cedo
– Fazer mais exercícios fisícos
– Arrumar, consertar, organizar
– Enfrentar uma tarefa chata
– Ter mais disposição
O projeto tem início quando a autora percebe que é feliz, no entanto sabe que pode ser mais feliz. Para isso ela busca o que a faz realmente feliz, o significado de felicidade e estuda a história da felicidade e como diferentes culturas e religiões a cultivam.
“A ausência de sentimentos ruins não é o bastante para fazer você se sentir bem. É preciso lutar para encontrar fontes de bons sentimentos.”
O projeto é colocado em prática por meio de uma tabela com resoluções para seguir durante o ano. A tabela é dividida por meses, em janeiro ela seguia as resoluções de janeiro, já em fevereiro as de janeiro e fevereiro, finalmente chegando em dezembro seguindo todas as resoluções.
A autora também criou alguns princípios para o cumprimento do projeto, os doze mandamentos:
1. Ser Gretchen.
2. Não ser exigente demais comigo mesma.
3. Agir do jeito que quiser me sentir.
4. Não adiar.
5. Ser gentil e justa.
6. Curtir o processo.
7. Não economizar, usar.
8. Identificar o problema.
9. Relaxar.
10. Fazer o que precisa ser feito.
11. Não calcular.
12. Existe apenas o amor.
Ao longo dos meses (sim, lendo o livro a gente realmente se sente acompanhando mais os meses do que capítulos) e do projeto cada mandamento é trabalhado e discutido. Lendo sobre o mês de janeiro me identifiquei logo com o projeto da autora, que começa o projeto arrumando a casa e os armários. Aos poucos, percebi que já havia iniciado uma espécie de projeto felicidade em dezembro de 2012, só não sabia. O livro foi um ótimo guia, acabei colocando no papel o meu próprio projeto pra o mês.
A autora pesquisou bastante para o projeto, ela sempre exemplifica uma ideia com um estudo, o que aliás ajudou bastante a fixar as ideias pra mim. Por exemplo, lembro que no início do livro ela menciona um estudo que diz que se escrevermos nossas resoluções e relê-las temos maior propensão à cumpri-las. Isso eu já tinha percebido depois que fiz o meu listography. Aliás, mais um ponto em comum com a autora, eu também adoro fazer listas!
Ao refletir sobre a felicidade de acordo com suas resoluções a autora chegou a quatro “verdades monumentais” até o fim do livro:
1. Para ser feliz, é preciso refletir sobre sentir-se bem, sentir-se mal e sentir-se do jeito certo, numa atmosfera de crescimento.
2. Uma das melhores formas de fazer você feliz é fazer outras pessoas felizes. Uma das melhores formas de fazer outras pessoas felizes é você mesmo ser feliz.
3. Os dias são longos mas os anos são curtos.
4. Você não é feliz ao menos que se ache feliz.
Frases sobre a felicidade grifadas por mim
1. “É moderno não ser feliz demais”. Quem não conhece alguém que pensa assim?
2.”A felicidade exige disposição e disciplina”. O que é bem verdade e me amedronta, já que não sou a pessoa mais disciplinada do mundo, o livro tem me ajudado com isso também.
3. “É mais fácil reclamar do que rir, gritar do que fazer piada, exigir do que ficar satisfeito”. Eu sempre reclamei bastante, e não costumo rir com facilidade. Como são coisas que tenho dificuldade entraram para as minhas resoluções porque vão me deixar mais leve e feliz.
Caixa da felicidade
Outra coisa legal que percebi que já seguia mas podia ser melhorada é a “caixa da felicidade”, onde a autora guarda coisas que trazem pensamentos e lembranças felizes. Percebi que já faço isso com meu namorado, guardo uma caixa com algumas coisas desde o início do nosso namoro que me trazem boas lembranças, lembro que ele já me disse que faz o mesmo. Também tenho uma caixa de papelão, que ganhei no meu aniversário de 17 anos de um grupo de amigos, por fora ela é cheia de recortes de revistas de coisas que gosto e frases sobre amizade, por dentro eles colocaram vários presentes, e hoje uso a caixa como “caixa da felicidade da amizade”, onde guardo muitas lembranças de amizades antigas.
Diários
A autora também cria alguns diários ao longo do livro, como um diário da alimentação; um diário de uma frase, onde ela escrevia sobre seu dia em uma frase e um caderno no qual ela escrevia três coisas pelas quais era grata. Fiquei bem interessada por esses tipos de diário, quero comprar um moleskine para escrever cada um.
Esse foi um dos melhores livros que já li. Além de delicioso é um bom guia pra quem deseja ser mais feliz. No meio do projeto a autora cria um blog chamado hapiness project. Agora que o livro acabou vou ler o blog e me guiar pelos dois e pelo seu canal no youtube.
Depois desse livro já quero ler esse da foto acima que também fala sobre felicidade.
“A verdade é que a vida fica mais divertida quando cumpro minhas resoluções.”
Espero que leiam e gostem!
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Japa
jan 16, 2013 @ 22:24:06
Acho que felicidade é manter um equilíbrio entre conformismo e ambição.
Eu ficava imaginando por que tem gente rica, que tem tudo, e é infeliz, enquanto tem gente pobre, com quase nada, e se diz feliz.
Em geral, as pessoas que se dizem felizes são aquelas que dão mais valor às coisas que tem, que se conformam com sua realidade.
Mas também temos necessidade de crescer e melhorar, então não podemos fechar os olhos para oportunidades que estão, muita vezes, ao nosso alcance.
Uma reflexão bem interessante sobre o tema (dá pra ativar as legendas no próprio vídeo):
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/dan_gilbert_asks_why_are_we_happy.html
Lari
jan 20, 2013 @ 03:06:51
Me encantei pelo livro só por aquele pedacinho que apareceu no instagram aquele dia, e agora com esse post tenho certeza absoluta que vou ler o mais breve possível! Tô precisando “ouvir” essas maneiras de melhorar o “ser feliz”. Tb tenho minha caixinha da felicidade faz tempo, inclusive lá tem aquele cartão gigantinho que vcs me deram em um aniversário, é um dos melhores presentes que já ganhei :) Espero o post falando sobre o outro livro! beijoss
Mahmoud
jan 20, 2013 @ 07:47:12
Fabiana, me mandou este longo email, que me dxoieu deveras tonto Compartilho:Cocordo com a sua abordagem Nepo e coloco duas coisinhas como complementae7f5es:Nessa parte, acho que vc pulou algo – Informae7f5es tef3ricas – se3o aquelas que lidam com a fatos para dar um certo significado e aborda questf5es de sobreviveancia, de classificae7e3o de diferentes fenf4menos, que nos ajudam a sobreviver no mundo e a compreender as coisas mais prazer.ArrumeiAcrescentaria que no conhecimento tef3rico a caracteredstica e9 a interpretae7e3o, relacionamento entre conceitos, julgamento de valor, busca de significado e tentativa de encontrar e relacionar causas, fatores e resultados que “ordenem” os fatos em determinado sentido, lf3gica, sob algum fundamento Ne3o sei se chamaria de informae7e3o. Acho que seria mais adequado “tipos de conhecimento”, ne3o?Meio epistemolf3gico demais?Talvez conhecimento amplie um pouco mesmo, a pensar, o que vale e9 o ordenamento.Nessa linha, acrescentaria que o “conhecimento filosf3fico”, como o tef3rico, se baseia na faculdade do intelecto e nas habilidades cognitivas de relacionar fatores, causas etc, mas indo ale9m. Questionando significados e crene7as mais ligados e0 existeancia e a conceitos mais abstratos mesmo mas a fronteira pode ser teanue entre teoria X filosofia. Seria a teoria uma tentativa de explicae7e3o baseada em fatos e na raze3o e a filosofia a busca de questf5es mais profundas sem necessidade de explicae7f5es factuais? O que Marx e Sf3crates diriam disso?Bom, a filosofia e9 uma questionadora de conceitos, teorias, verdades, sensos comuns as teorias se3o mais pre1ticas, importantes, pois nos ajudam a viver e os fatos, as coisas da vida, os acasos, que validam ou ne3o as teorias,.A filosofia, ou melhor, o estudo da cieancia, papel da filosofia tambe9m, nos ajudaria, aed sim de forma epistemolf3gica a ver que as as teorias se3o te3o mutantes quanto os fatos, pore9m para menos gente e de forma mais lenta, por isso essa vise3o de cima, mas todas estariam dentro de um estudo racional apesar de que a base da filosofia, desde Sf3crates e9 Conhece-te a ti mesmo , e isso implica o conjunto e ne3o apenas a raze3o.Ne3o concordo muito com essa parte mas entendo o que vocea quis diser – “a filosofia se mante9m nos textos, na fala dos grandes pensadores que abordam questf5es maiores, movimentos macros, e9 isso?.Sim, isso mesmo. “As informae7f5es filosf3ficas se3o constituintes, pouco mudam, este3o coladas na nossa placa me3e, se3o invisedveis, se3o da ordem da super-estrutura, mexem com movimentos macros.” – Mas acho que ne3o existe nada que ne3o mude – veja qtas releituras filosf3ficas temos por aed, se bem que ne3o temos produzido tantos Sf3crates, Foucaults, Sartres etc.E acho que he1 muito pouco “herdado” nessa placa –me3e Como vc diz, de acordo com a psicologia, antropologia e sociologia, vemos que a maior parte da nossa estrutura de vise3o de mundo e crene7as veam mesmo da famedlia, educae7e3o, comunidade, grupos, exemplos etc E acho que a partir dessa vise3o de mundo e de experieancias de dor, prazer, desejo, averse3o, construedmos nosso prf3prio repertf3rio de “padrf5es e condicionamentos” Daed que vem o nf3 E aed que he1 a oportunidade de transformar todo esse conhecimento / informae7e3o em sabedoria. Um passo mais ale9m que exige uma compreense3o mais profunda, mais direta (sem tanta teoria com mais observae7e3o direta), mais intuitiva e menos intelectual, isso na minha humilde opinie3o, mas tambe9m baseada em filosofias como budismo, taoedsmo e hinduedsmo JAed vai chegar a parte que estou trabalhando que e9 justamente o questionamento da vise3o ocidental do ego.Que nos diz que penso, logo existo .Assim, sou o que penso.O oriente, diz:Penso, logo teu ego te engana.Olha mais para te conhecer melhor.Esse e9 o salto que acho que ajuda bastante na passagem para o mundo 2.0, no qual a dicotomia entre o ser e o fazer e9 grande.Acredito que a rua sem saedda do penso e logo existo nos leva para o Gandhi: Tens que ser a mudane7a que quer para o mundo .Mas ne3o na desintegrae7e3o, mas na conversa constante e permanente da raze3o e do afeto .conseguindo ne3o precisar chamar o ego para assumir o controle.Apenas intuie7f5es, mas estou lendo Freud para superar esse confilto, vamos ver,que dizes?